sábado, 23 de outubro de 2010

Papa Bento XVI anuncia o novo Cardeal brasileiro




O arcebispo metropolitano de Aparecida e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), d. Raymundo Damasceno Assis, teve sua nomeação como cardeal anunciada ontem pelo Papa Bento XVI. Além dele, foram nomeados outros 23 cardeais, em 4 continentes.
Anquidiócese de Aparecida/EFE
D. Damasceno será oficializado em novembro
"É uma deferência e um reconhecimento à Igreja da América Latina e do Brasil", disse d. Damasceno ao Estado, diretamente de Roma, onde participa do Sínodo para os Bispos do Oriente Médio. "Agradeço ao Santo Padre essa confiança depositada em mim e ao mesmo tempo peço a graça de Deus para que ele me dê o auxílio necessário para cumprir essa missão", continuou.
Outro latino-americano, o equatoriano Raúl Vela Chiriboga, arcebispo de Quito, também foi nomeado cardeal.
A oficialização do título ocorre em 20 de novembro, em Roma, durante o terceiro consistório - reunião do Colégio dos Cardeais -, quando o papa entregará o anel e o barrete cardinalícios.
Os cardeais são como conselheiros do pontífice. Também são os responsáveis pela eleição de um novo papa.
Dos 24 novos cardeais, 20 terão direito a participar da escolha do novo papa. Mas quatro deles têm mais de 80 anos, por isso não podem votar. Com a nomeação de d. Damasceno, o Brasil passa a ter nove cardeais no total e cinco aptos a participar de um conclave.
D. Odilo Scherer e d. Geraldo Majella Agnelo estão à frente das arquidioceses de São Paulo e Salvador, respectivamente. De acordo com a CNBB, os cardeais Paulo Evaristo Arns e Cláudio Hummes (São Paulo), José Freire Falcão (Brasília), Serafim Fernandes de Araújo (Bahia), Eusébio Oscar Scheid e Eugênio de Araújo Sales (Rio) são eméritos, ou seja, não estão à frente de dioceses.
Perfil. D. Damasceno tem 73 anos e foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por dois mandatos (1995 a 1998 e 1999 a 2003). Ele deve voltar ao Brasil na próxima semana e continuar a exercer suas funções na Arquidiocese de Aparecida, agora como cardeal arcebispo metropolitano. Foi ordenado padre em Conselheiro Lafaiete (MG), em 19 de março de 1968.
D. Damasceno diz que tem sido questionado por brasileiros com quem se encontra em Roma sobre as eleições no Brasil e o envolvimento da Igreja. Ele afirma que "a Igreja deve orientar e dar elementos para a reflexão, mas não apontar candidatos ou partidos".

DNJ - Dia Nacional da Juventude - 2010


Setor da Juventude da Diocese de Luz se reuniu no último dia 17 de outubro em Lagoa da Prata para celebração do Dia Nacional da Juventude.

Confira algumas fotos da Crisma em nossa Paróquia...

Click na foto abaixo ou no link e fique por dentro !!!

sábado, 9 de outubro de 2010

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL


Brasília – DF, 17 de setembro de 2010

Aos Coordenadores e coordenadoras das Comunidades Cristãs.

Prezados irmãos e irmãs em Cristo,
A Hanseníase tem cura!


No 28º Domingo – Ano C, dia 10 de outubro de 2010, o Evangelho a ser proclamado é o da cura dos dez leprosos (Lc 17,11-19). O Conselho Permanente da CNBB aprovou a realização de uma campanha nacional, em parceria com a Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Franciscanos, Morhan (Movimento de reintegração das pessoas atingidas pela hanseníase), Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde, CONIC, com o convite para a adesão de todas as Dioceses, Paróquias e pequenas comunidades eclesiais do país.
Essa Campanha prevê uma série de iniciativas a curto e médio prazo, entre as quais está a conscientização da população, através de diversos meios, de que a Hanseníase tem cura, desde que devidamente tratada. A CNBB convida toda a Igreja no Brasil para no dia 10/10/2010 somar esforços com a sociedade e oferecer informações atualizadas, para superar os preconceitos e o estigma em relação a essa doença.
Queremos, como os enfermos do Evangelho de Lucas que será proclamado nesse dia, gritar confiantes: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”. Para que este grito ecoe em todo o nosso país, convidamos a todos os que presidem a Santa Missa ou a Celebração Dominical da Palavra de Deus, a esclarecerem os fiéis, utilizando-se das homilias, das preces comunitárias, ou até mesmo, indicando, durante a celebração, uma ação concreta de
solidariedade aos irmãos e irmãs acometidos por esta enfermidade.
Gostaria que lhes pedir que divulguem essa iniciativa, fazendo-a chegar a todas as
Paróquias e Comunidades de sua área de atuação.
Aproveito para desejar a todos muita alegria e paz no Senhor.
Fraternalmente,


Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

OUTUBRO – MÊS DAS MISSÕES



Com toda a Igreja, realizamos durante o mês de outubro, a Campanha Missionária. Neste ano de 2010 o tema é “Missão e Partilha” e como lema “Ouvi o clamor do meu Povo” (Ex 3,7b).
O tema Missão e Partilha recorda a Campanha da Fraternidade deste ano – “Economia e Fraternidade”. Buscamos resgatar o tema, dando-lhe um enfoque e dimensão missionária. O lema recorda o Êxodo do povo de Israel, e os muitos "êxodos" dos povos atuais. Também nos remete ao tema da migração, mobilidade humana, do ser peregrinos, lembrando-nos permanentemente que o horizonte da Missão é o mundo, a humanidade no seu todo. A água relembra o valor e a dignidade da vida, como elemento vital para o planeta, onde vive e está inserida a humanidade. Aqui, especificamente, leva-nos à realidade amazônica, com sua rica biodiversidade. A última semana de outubro é dedicada à Amazônia. O barco faz alusão à figura bíblica da Igreja Peregrina que "navega" pelos mares da história da humanidade. Nela se destaca a figura de Jesus Cristo. É Ele quem dá segurança: "Não tenham medo... avancem para águas mais profundas!" (Mt 4,18). Ao mesmo tempo aponta para o horizonte amplo e universal da Missão, que é o mundo, a humanidade. A Missão não tem fronteiras!
Destaca-se ainda a figura dos índios, etnias vivas e presentes na realidade amazônica do Brasil e de outros países. Povos que nos acolheram, abrindo-se à Boa-Nova do Evangelho, e precisam ser respeitados e valorizados, como portadores de valores evangélicos já presentes, quais "sementes do Verbo Encarnado" .





A COOPERAÇÃO MISSIONÁRIA



“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15)
A tarefa que Jesus confiou a seus Apóstolos na Ascensão é hoje dever de todos nós que fomos batizados. Cada um é chamado a ser missionário no lugar onde vive e junto às pessoas com as quais convive, pois a Igreja é missionária por natureza. Entretanto, vem-nos a pergunta: “Que poderemos fazer concretamente para auxiliar na difusão do Evangelho?” Várias são as formas de cooperar na obra da evangelização dos povos.
Primeiramente, cooperamos através de nossa própria conversão pessoal que se manifesta no testemunho de vida. O melhor meio de anunciar o Evangelho é pôr em prática a caridade cristã. Contudo, para isso, faz-se necessário dialogar com freqüência e profundamente com Deus. A oração é “a alma de todo apostolado”, sem a qual nenhuma outra atividade tem eficácia. Outras obras de piedade, como jejuns e penitências, também são de grande valor na cooperação missionária.
Outro modo de cooperar com as missões é sendo missionário além-fronteira, deixando sua terra e indo evangelizar outros povos, como estão fazendo dois padres de nossa Diocese, Pe. Manoel e Pe. Patriky em Rondônia.
Do mesmo modo, cooperam aqueles que divulgam a imprensa missionária – como a revista Sem Fronteira e o jornal Missão Jovem – que serve de ponte de ligação entre os que atuam em situação de missão no Brasil e no exterior, e os demais membros da comunidade eclesial.
Aqueles que rezam pelas vocações missionárias e as incentivam também dão uma grande ajuda à causa da evangelização, pois “a colheita é grande, mas poucos os operários” (Mt 9,37).
Enfim, a ajuda financeira é muito necessária para a manutenção dos missionários no Brasil e no mundo, bem como as obras por eles realizadas. A Coleta para as Missões, que é realizada, todo ano, no penúltimo domingo de outubro, tem essa finalidade.
Outro modo prático de colaborar com a missão evangelizadora é ajuntar selos usados e enviá-los para as Pontifícias Obras Missionárias que os reverterão em dinheiro para as missões.
Não importa o modo com que cooperamos, o importante é cooperarmos de coração para que Jesus seja cada vez mais conhecido e amado por muitos, a exemplo de Santa Terezinha do Menino Jesus – Padroeira das Missões – que nunca saiu de seu convento, mas, por meio de suas orações e sacrifícios, auxiliou grandemente o trabalho evangelizador da Igreja.
Que o Espírito Santo acenda em nossos corações o fogo do ardor missionário para que, por palavras, orações e obras, anunciemos Jesus!



D. Antônio Carlos Félix – Bispo Diocesano

25 anos de Dia Nacional da Juventude - (DNJ)


Uma mobilização tem história? “Mobilização” é uma convocação ou estimulação da população ou de determinados grupos sociais para participarem de alguma atividade seja religiosa, cívica ou política. Podemos dizer, portanto, que o Dia Nacional da Juventude (DNJ) é uma mobilização que se repetiu, anualmente, durante 25 anos. Um fato que acontece uma vez ao ano, teria uma coluna que o sustente? Seria o mesmo que acontece com (por exemplo) a festa do Rosário que a paróquia celebra todo ano? Mas, se esta mobilização acontece em milhares de locais, com o mesmo tema e lema, mesmo subsídio, vestido dos trajes locais, protagonizado pela juventude, tendo como preocupação a juventude na sociedade?
Falar dos 25 anos do Dia Nacional da Juventude no Brasil ou, mesmo, em Minas Gerais ou outro Estado, é falar de uma “mobilização” e não deixa de ser um pouco estranho. “Estranho” porque é nos temas que se discutem nele, parece esconder-se a “alma” da juventude vivendo sua fé cristã. No terceiro domingo de outubro, de todos os anos, por decisão de uma organização, acontece uma mobilização de jovens, chamando a atenção, dos jovens e da sociedade, de uma questão que os aflige... É caminhada, é concentração, é romaria para algum lugar, com muito jovem, muita bandeira, muito canto, encenações, celebrações, diversas delegações com camiseta, com hino, com bonés específicos, com coisas para vender, com visitas a serem feitas no espaço, com palestrantes, grupos musicais e cantores convidados. É palco, é grupo que anima e é muito jovem caminhando, cantando, ouvindo, todos girando em torno de um mesmo tema. O que falar de 25 anos de uma mobilização como o Dia Nacional da Juventude?
Tudo começou em 1985, declarado pela ONU como o Ano Internacional da Juventude. Já que ninguém tomava esta bandeira, a TV Globo promoveu, no Rio de Janeiro, um mega evento de Rock, uma mobilização isolada, com bandas importantes, com milhões de jovens e toneladas de drogas dizendo que era para comemorar o AIJ... Lideranças da Pastoral da Juventude do Brasil deram-se conta do que sucedia e, indignados e decididos, se perguntaram: É isso o AIJ? É isso que é a juventude? A juventude não tem outro discurso para a sociedade? Com o primeiro lema que dizia “construindo uma nova sociedade” decidiram começar a celebrar a juventude, todos os anos, no final de outubro, com o que chamaram de Dia Nacional da Juventude. Queriam discutir a juventude do jeito deles, assumindo temas que lhes pareciam importantes.
Lembro-me que, por causa disso, do que se deu (por exemplo) em Passo Fundo (RS), quando se realizou um encontro de 45 mil jovens, tendo como tema o jovem da roça. Ao ritmo da gaita do P. Otávio Klein e dos violões de centenas de jovens cantou-se, naquele outubro de 1985, um canto que ficou na memória de muitos: Não é preciso ser filho de doutor; Jovem da roça também tem valor. O encontro havia sido preparado com subsídios e os que estavam no Seminário Aparecida, na entrada da cidade, sabiam por que estavam lá. Foi o começo, em muitos lugares do Brasil. Os primeiros temas que apareceram como sustento das mobilizações foram Terra, Eleições, Participação, Mulher, Negro, Índio, não se esquecendo que era fundamental a juventude envolver-se na elaboração da nova Constituição do Brasil, aprovada em 1988.
E o evento (a mobilização) começou a ser tradição junto à Pastoral da Juventude e, também, junto à Igreja do Brasil que tomou o evento como uma “atividade permanente” da CNBB. Sempre havia um tema escolhido com antecedência, com seu lema; havia um hino oficial; imprimam-se milhares de subsídios espalhados por todo o Brasil. Em 1989 o tema foi Educação; em 1991 América Latina (por causa do 1º Congresso Latino-Americano em Cochabamba -Bolívia); em 1992, Ecologia; em 1993, AIDS. Eram assuntos que interessavam e sobre os quais os jovens eram convidados a refletir. E muitos o faziam com garra e criatividade. Interessante que, em 1994, o tema foi Cultura, com o lema “Nossa Cara, Nossa Cultura” com grandes concentrações. No RS (só para citar do que me lembro) houve, novamente em Passo Fundo, no mesmo local de 1985, um “Encontrão” de cerca de 50 mil jovens passando o dia com o tema sendo mastigado de várias formas. No meio das vibrações e das bandeiras, como é bom recordar Dante Ledesma fazendo cantar os jovens vindos de todos os cantos do Estado... O pregador era Dom Mauro Morelli, bispo de Duque de Caxias (RJ). O fato de o tema ser “Cultura” não era por acaso. É que o mundo dionisíaco acabava de tornar-se hegemônico, substituindo manifestações apolíneas. Recorde-se, por isso, a forma como o presidente do Brasil sofreu impeachement, em 1992, com a juventude se pintando com as cores do Brasil, sem muito discurso.
De 1995 ao ano 2000 os temas que tomaram conta dos subsídios era Cidadania (vida, poder), Direitos Humanos (liberdade e desejo de mudança) e Dívidas Sociais (trabalho e terra). Sempre eram temas que iam para além da sacristia porque, afinal, o Dia Nacional da Juventude, desde o início, quis ter aspecto de igreja inserida no mundo, com espírito missionário, com os jovens dos grupos querendo dizer algo para fora dos muros da sacristia.
A partir de 2001 surgia um outro discurso: o discurso das juventudes lutando pelos seus Direitos. Por isso o mesmo tema, com tonalidades diversas, foi – de 2001 a 2005 – Políticas Públicas para a Juventude. Seria por acaso que, em 2003, surgia, ligada à Presidência da República, a Secretaria Nacional da Juventude? Os temas que aparecem é Paz, é Educação para a vida, o trabalho e a cultura, é Missionariedade, é Emprego e Lazer e é a questão do Protagonismo. Fica evidente que eram temas indo além dos muros eclesiásticos, com consciência que a verdadeira Igreja não existe para si mas que ela é Sacramento do Reino.
De 2006 a 2009 os temas tratam do Brasil Popular, do Meio Ambiente, dos Meios de Comunicação, do Extermínio da Juventude para, em 2010, fazer – como diz o subsídio – “com muita reza, muita festa, em marcha contra a violência”, a memória do que já se viveu em 25 anos, procurando ser uma juventude cristã marcando presença na sociedade.Concluindo, pode-se dizer que atrás dos temas dos Dias Nacionais de Juventude se esconde a história deles. Os temas nunca foram intra-eclesiais. Os DNJ´s encarnam o espírito missionário dos grupos de jovens das Pastorais de Juventude do Brasil falando das realidades que machucam a juventude e o povo em geral, e que nunca foram, simplesmente, um “para nós”, mas um “para a juventude”, vivendo a vocação de fermento na sociedade. Só quem compreende este espírito vai compreender porque o DNJ não tem e nunca teve como temas centrais Jesus Cristo, Igreja, Sacramentos, Eucaristia ou outros temas mais teológicos. Não que se negue a esses, mas o que se afirma é a necessidade de apresentar uma Teologia e uma Espiritualidade que se mistura com a realidade juvenil e do povo.


Naiara e Simone